quarta-feira, 2 de novembro de 2011

For The Love Of A Daughter Capitulo 1

For the love of a daughter...

Uma menina, eu era apenas uma menina, mas ninguém conseguia entender isso ou pelo menos não queria. Eu no meu quarto ouvindo os gritos do meu pai brigando com minha mãe, era difícil, mas era tão frequente que se tornava normal ver aquela mesma cena todos os dias. Hoje aconteceu algo que nunca tinha acontecido, pelo menos não na minha presença, ouvir minha mãe gritando para ele parar e fui ver o que era e sim, ele estava batendo nela.
- larga ela! – eu gritei, não conseguia acreditar no que estava acontecendo.
- cale a boca! – ele me empurrou para fora do quarto.
Ele estava bêbado como sempre, então resolvi voltar ao quarto e tentar fazer com que ele parasse.
Vi minha mãe arrumando as coisas dela,ela estava chorando muito e parecia bem agitada.
- mãe, onde está indo? – eu perguntei olhando assustada cada movimento que ela fazia
- estou indo embora! E você vai comigo. – ela disse de cabeça baixa chorando
- não posso ele precisa de mim. - eu olhei para ele que estava em um canto jogado no chão.
- não posso te deixar aqui com ele! – ela olhou pra ele,e fez sinal de não com a cabeça voltando a olhar pra mim e chorar ainda mais.
- eu vou ficar bem... prometo! – eu a abracei forte, era muito difícil aquilo tudo, mas eu tinha fé de que tudo iria passar.
- não posso deixar você ficar!  - ela voltou a me abraçar.
- ele não tem ninguém preciso ficar e alem do mais a Demi vai com a senhora.
- você sabe como é sua irmã ela nunca vai querer ir comigo.
- o que está acontecendo aqui?! – Demi entrou no quarto e olhando para as malas em cima da cama espantada.
- mamãe vai se mudar. - eu a respondi
- como assim? Mãe? Para onde vai? – Demi parecia assustada
- não aguento mais seu pai! Eu vou embora.  - ela apontou para ele que continuava chão.
- para de culpar o papai por tudo o que acontece! – Demi estava furiosa e saiu logo em seguida.
- viu filha? Ela não aceita! – ver minha mãe chorando era horrivel,aquela cena foi de cortar o coração.
Demi sempre foi a queridinha do papai e nunca aceitou que falássemos mal dele. Ela não conseguia ver o que ele realmente era, eu amo minha irmã, mas as vezes ela defende muito o papai.
Naquela mesma noite vi minha mãe partindo, foi difícil, mas necessário. Ela iria para a casa de meus avós. Demi parecia se importar,mas meu pai não. 

Eles estavam assistindo TV e rindo muito como se nada tivesse acontecido.
Assim que entrei em casa Demi olhou para mim e parou de sorrir.

- você é uma idiota! – eu gritei pra ela e corrir para meu quarto chorando.
- (seu nome) espera! – ela tentou ir atrás de mim, mas  mas meu pai a impediu.
- deixa ela esfriar a cabeça. – Demi apenas fez um sinal que sim com a cabeça.

Aquela cena era lamentável, como ele pode ser tão nojento. Eu realmente o odeio.
Resolvi sair um pouco para pegar um ar, eu estava realmente precisando. Desci sem ao menos trocar uma palavra para avisar onde iria, bati a porta e sai.
Caminhei até uma pracinha que tinha ali perto sentei em um banco e abaixei a cabeço, logo comecei a chorar. Era difícil aquilo tudo pra mim, queria saber ignorar isso como a Demi, ou ela finge que ignora? Eu realmente não sei, não consigo entender.
Eu estava chorando muito, a pracinha estava vazia e estava de noite, logo veio um garoto e sentou ao meu lado.
- está tudo bem? – eu fiquei em total silencio – claro que não está tudo bem ela ta chorando. Que pergunta Justin! – disse ele falando consigo mesmo. –  por que você não quer falar comigo?  - ele fez uma carinha fofa.
Eu levantei a cabeça e disse:
- não falo com estranhos. - eu falei totalmente séria.
- quantos anos você tem 7? – ele riu – desculpa! Desculpa! Você é um idiota Justin! –  ele estava falando consigo mesmo outra vez, eu acho que ele é doido ou sente uma falta muito grande de amigos.
- você costuma sempre falar sozinho? – eu perguntei
- é, não tenho muitos amigos. – ele disse como se fosse normal, como eu imaginava.
- tudo bem... - eu olhei pra ele com um olhar de "você não vai embora não?"
- quer chiclete? – ele perguntou me amostrando o pacotinho de trident 
- claro que não! Eu nem te conheço.  - eu o respondi com um pouco de ignorancia
- olha bem pra mim. – ele se levantou do banco e ficou de pé na minha frente – eu tenho cara de mal? – ele perguntou sorrindo
- não... você até que é bonitinho. – eu sorri
- é eu sei! – ele jogou a franja para o lado.
 - nem se acha. - eu rir
- quando eu for um cantor muito famoso você vai ver! Vai ter um monte de gatinha correndo atrás de mim. - pude ver que seus olhos brilhavam.
- cantor? Você também canta? – eu perguntei
- sim, e toco piano, bateria, trompete e violão. – ele parecia orgulhoso dizendo aquilo pra mim.
- que legal! Eu também canto, toco piano e violão.
- a gente pode ir no teatro agora pra você cantar pra mim ver.  - ele apontou para a direção do teatro.
- amanhã!er...amanhã a gente pode ir. - eu resolvi dar uma chance pra ele, mas eu iria levar spray na bolsa claro. brincadeirinha haha ou não.
- tudo bem! A gente se encontra aqui as 18:00 horas! – ele sorriu
- então tchau! Prazer em te conhecer. – eu me levantei do banquinho
-  espera! Qual é o seu nome? – ele perguntou
- (seu nome) o seu é Justin certo? 
- certo! – ele riu
 - tchau!
- tchau.
Cheguei em casa e  Demi estava dormindo no sofá. Meu pai não estava em casa com certeza estava em algum bar.Resolvi acordar Demi, para ela ir dormir na cama.
- Demitria, acorda! Vai dormir na cama. – eu a cutuquei sem o minimo de delicadesa,afinal eu estava com raiva dela.
- já estou indo. – ela estava sonolenta
- tudo bem. – eu estava subindo as escadas para ir para meu quarto.
 - (seu nome)... – ela me chamou e eu olhei para trás. – desculpa. – ela abaixou a cabeça.
Eu não gostei da atitude dela com a mamãe,mas ela era minha irmã eu preciso dela.
- claro. – eu voltei até ela e a abracei – agora vamos dormir.
- vamos. - subimos abraçadas e sorrindo, como irmãnzinhas de
4 anos.

No dia seguinte...

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