TRUST ISSUES

Você narrando on*

Eu nunca tentei mudar meu jeito, e não me importa se gostam de mim ou não. Nasci em Atlanta e meus pais morreram quando eu tinha 8 anos, hoje tenho 18 anos e sou atriz. Muitos não gostam do meu jeito, eu só não gosto de me importar com o mundo e com as pessoas que vivem nele, ninguém nunca se importou comigo e não sou eu que vou me importar com eles. Todos acham que sou apenas uma adolescente rebelde, mas na verdade sou mais sensível do que pensam. Geralmente tento fingir que não me importo, quando na verdade me importo muito.

Atlanta, Geórgia 2011

Hoje tem uma festa ,e só entra quem for convidado. Com toda a certeza eu fui e estou animada para anoitecer logo, vai ter muita bebida e talvez até drogas. Nunca gostei dessas coisas, posso ser rebelde, mas não quero acabar com a minha vida, além do mais, as pessoas fazem isso tão bem. Acordei hoje, e tomei um banho gelado e fui para o shopping, afinal, eu amo shopping e para mim a coisa mais importante do mundo é o dinheiro. Amor? Amor é para trouxas, não acredito nisso, não confio nas pessoas que dizem amar, essa coisa de “amor” não existi , pelo menos não para mim.

No shopping...Fãs idiotas, gritaria e tumulto! Odeio isso! Esses idiotas só servem para me sustentar.

- ai! – eu esbarrei em alguém.

- desculpe! – disse ele

- olhe para onde anda! – disse eu

- espera! Você é a (seu nome)? – disse ele surpreso.

- claro que sou eu! Não ver televisão não! – disse eu

- prazer meu nome é Justin Bieber! – disse ele ainda com um sorriso no rosto.

- a sei! O carinha da voz escrota que canta “Baby” – disse eu, tirando o sorriso que em seu rosto se encontrava.

- tchau. – disse ele saindo de cabeça baixa.

- tchau! – disse eu acenando para ele, dando um sorriso falso.Que garoto idiota! Eu mereço mesmo, não estou nem mais com vontade de comprar nada. Vou para casa, pelo menos lá não tem fãs malucos gritando meu nome.Em casa...Cheguei em casa e fui para meu quarto ver a roupa que ia. Abri meu closet e procurei alguma coisa...

-achei! – disse eu pegando a roupa que eu iria para a festa.

Estava quase anoitecendo e a festa seria as 22:00 horas na casa do Sean Kingston. Como eu nunca chego na hora resolvi me arrumar mais cedo para conseguir chegar na hora marcada.Terminei de me arrumar e já era 22: 15 e eu peguei o carro e fui para a festa.

Na festa...Cheguei e estava lotada de gente famosa, tinha gente de todo os tipos. Atores que acham que sabem atuar, cantores que pensam que cantam.

- hey! Está linda! Obrigada por vir! – disse Sean me olhando dos pés a cabeça e sorrindo com um copo de bebida na mão.

- oi Sean! A festa está boa! – disse eu sorrindo

- bebe? – disse ele me amostrando o copo

- não, mas hoje tudo pode acontecer! – disse eu sorrindo

- okay! Aproveite a festa! – disse ele piscando para mim.Fiquei lá dançando e resolvi pegar uma bebida para mim.

- olá! – disse eu para o barmen.

- oi! o que a gatinha vai querer tomar? – disse ele

- não sei, nunca bebi. O que você sugere? – disse eu

- toma isso daqui! – ele disse me dando um copo com a bebida.Eu estava tomando o meu drink , quando de longe avisto Justin se aproximando de mim.

- oi! – disse ele animado

- como você entra aqui?! Se eu soubesse que criança entrava, trazia meus primos. – disse eu rindo

- nossa! Você é ignorante! – disse ele

- desculpa! Não gosto?! Cai fora baixinho! – disse eu saindo de perto dele.

Você narrando off*Justin narrando on*

 Não! Ela não pode me tratar assim. Todas as garotas do mundo caem aos meus pés, como ela pode ser diferente? Não entendo.

Justin narrando off*Você narrando on*

Nossa! Como deixaram esse garoto entrar aqui, ele é como todos o pirralhos, só gostam de mim, porque sou rica e bonita. Idiotas!

- e ai? Eu vi você conversando com o Justin. – disse Sean

- am? A é! Como deixaram ele entrar nessa festa? – disse eu

- por que? O que ele fez? – disse Sean rindo

- nasceu! - disse eu batendo de leve nas costas de Sean.

– to indo lá para fora pegar um ar. Essa coisa está me deixando com calor. – disse eu me referindo a bebida.

Do lado de fora...Eu sentei na calçada mesmo, não estava me sentindo muito bem, logo vejo Justin vindo de novo.

- o que você quer? – eu disse

- você está bem? – disse ele se sentando ao meu lado

- estou ótima! Não se preocupe comigo! – disse eu com a tentativa falha de me levantar, mas eu cai no chão.

- o que você tem? – disse ele me ajudando a ficar de pé.

- nada! Vai embora! – eu disse com a mão na cabeça – ai! Minha cabeça está doendo muito! – disse eu

- vem! Vou te tirar daqui. – disse ele me acompanhando até um carro vermelho.

- esse carro é de quem? – eu disse rindo

- meu! Que pergunta! – disse ele

- é o mundo está perdido mesmo! Hoje em dia qualquer criança dirige. – disse eu

- entra no carro! – disse ele me ajudando a sentar no banco do carona.

- eu quero voltar para a festa! – disse eu resmungando 

- não! Você vem comigo! – disse ele entrando no carro.

- eu mereço! – disse eu

 -calada! Você fala de mais! – disse ele ligando o carro.

No caminho...

- para onde está me levando? – disse eu reparando o caminho.

- para o hospital. – disse ele

- não! Eu estou bem! Eu não vou para o hospital! – disse eu

- então vai para minha casa! Escolhe! Largada é que você não vai ficar. –disse ele

- está bem, a gente pode ir para sua casa. Sua mãe deve está te esperando. – disse eu rindo

- na verdade eu moro sozinho, mas as vezes ela me visita de surpresa. – ele disse entrando na brincadeira.

- isso foi um insulto sabia?! – disse eu

- é eu sei, mas você está bêbada. – disse ele

- então eu nasci bêbada! – disse eu rindo - posso ligar o radio? – disse eu ligando o radio.

 -já ligou neh! – disse ele

Eu liguei o radio e estava tocando “Never Say Never”  e Justin estava cantando junto com a musica.

- só pode está de brincadeira – eu rir

- o que foi? – disse ele parando de cantar

- é inacreditável, está aqui com você nesse carro. – disse eu rindo

- por que? – disse ele fazendo uma cara engraçada

- porque eu te odeio. – disse eu

- por que? O que eu fiz contra você? – disse ele indignado.

- nada! – disse eu – só não curto suas musicas

– eu continuei-okay! Eu não me importo. – disse ele fingindo não se importar.

 – chegamos!  - disse ele parando o carro.

A casa dele era enorme e bem bonita.

- você mora aqui? – disse eu 

- sim! – disse ele sorrindo e olhando para a grande casa.

- ela parece ser importante para você. – disse eu

- quem? – disse ele- a casa!

– disse eu fazendo uma cara de “não é obvio?”

- é! Realmente essa casa é importante pra mim. Na verdade é importante para todo mundo que um dia não deve nada, a única coisa que eu tinha era o amor da minha mãe. – disse ele sorrindo e entrando na casa.

- amor! Amor! Vocês adoram essa palavra! Eu odeio o amor! – disse eu entrando na casa também.

- então você nunca amou? – disse ele 

- acho que não. – disse eu

- nem seus pais? – disse ele

- não sei, faz tanto tempo que eles morreram, eu basicamente passei metade da minha vida morando com meus tios que me faziam de escrava, e hoje, hoje eles dizem que me amam. E você sabe por que?  Porque eu sou rica! Por isso, eu nunca vou confiar no amor. – disse eu

- nossa! – disse ele

- o que? – disse eu

- nada. – disse ele rindo

– você pode passar está noite aqui. –disse ele

- ai não! Meu carro! cadê meu carro?! – disse eu desesperada

- calma! A gente liga para o Sean e ele manda guarda. – disse ele rindo

- okay... está esperando o que?! LIGA LOGO! – disse eu

- já estou ligando! calma! Estressada! – disse ele

- do que você me chamou?! – disse eu furiosa

- nada! eu não te chamei de nada! – disse ele rindo

- vou tomar um banho! Onde é o banheiro? – disse eu olhando em volta.

- sobe as escadas, segunda porta a esquerda. – disse ele apontando para a escada.

No banheiro... Eu estava tomando banho, quando alguém bate na porta.

- o que foi?! – disse eu

- já liguei para o Sean!  - disse ele do lado de fora do banheiro.

- ta obrigada! – disse eu

Eu terminei meu banho e fui procurar Justin.

- Justin! – disse eu procurando ele pela casa.

- aqui na cozinha! – ele gritou da cozinha.

- ta fazendo o que aqui? – eu perguntei

- nada... – disse ele 

- hum... – disse eu

- vou pedir uma pizza! – disse ele pegando o celular 

- está bem! – disse eu

- quer de que? – ele perguntou

- calabresa! – disse eu sorrindo

- okay! – disse ele rindoJustin pediu a pizza e depois foi tomar banho. Logo a campainha toca.

- (seu nome)! Atende ai!  - disse ele gritando do banheiro.Eu fui atender a porta...

- oi linda! – disse o vendedor, eu estava com um moletom do Justin e um shorts curto que eu sempre levava na bolsa para casos de emergências.

- oi! toma! – disse eu entregando o dinheiro a ele. 

- espera! Você é a (seu nome)! – disse ele – pode me dar um autografo!?

- é! Meu empresário diz que eu tenho que tratar vocês bem. – disse eu assinando em um papel.

- obrigada! – disse ele

- por nada! – disse eu batendo a porta na cara dele.

- chegou a pizza? – disse ele olhando para mim com a pizza na mão.

- não! Isso que você ta vendo é uma miragem! – disse ele

- é você tem razão! A pergunta foi mesmo idiota! – disse ele rindo

- vamos comer logo! Eu estou com fome – disse eu levando a pizza para a cozinha.

- okay! – disse ele me acompanhando até a cozinha.

Comemos a pizza e sentamos no sofá para ver TV.

- onde eu vou dormir? – eu perguntei

- tem uns 7 quartos de hospedes aqui! Pode escolher gata! – disse ele

- ta... vamos ver um filme. – disse eu ligando a TV.

– oba! Esta passando “Um Amor Para Recordar”  é o meu filme favorito! – disse eu sorrindo

- jura?! É o meu também! – disse ele

- então fica de boquinha fechada para a gente conseguir assistir. – disse eu apertando de leve as bochechas dele.

Assistimos o filme até o final.

- estou indo dormir! – disse eu subindo para um dos quartos de hospedes.

- boa noite! – disse ele subindo também para o quarto dele.

Eu entrei no quarto e era tudo arrumadinho, não demorou muito e eu cai no sono.

Mente on*

- mãe!!! Não me deixa! Por favor! – disse eu

- eu te amo filha! – disse ela sumindo em meio a luz.

- não! – eu gritei

Mente off *

Eu acordei assustada e logo vi Justin entrando no quarto desesperado.

- o que aconteceu?! Você está bem?! – disse ele preocupado

- não! – disse eu chorando

- você está chorando? – disse ele

- não to lavando os olhos de dentro para fora! – disse eu irritada com a pergunta idiota que ele acabara de fazer.

- desculpe, é que você não parece ser “A Sensível” – disse ele fazendo aspas em “A Sensível”.

- você não me conhece – disse eu chorando ainda mais.

Justin se aproximou de mim e me abraçou, demorei um pouco para retribuir o abraço,mas retribui.

 Estávamos deitados na cama, e eu estava deitada no peito dele.

- teve um pesadelo? – disse ele

- sim. – disse eu

- e como era? – ele perguntou

- minha mãe... – disse eu

- o que tem sua mãe? – ele perguntou

- morreu... eu sei que ela não esta mais aqui a muito tempo, mas sinto falta. – disse eu

- é, eu as vezes sinto falta do meu pai. –disse ele

- seu pai morreu? – eu perguntei

-não, meus pais se separaram quando eu era bem pequeno. – disse ele

- então não faz muito tempo. – eu brinquei para quebrar o clima ruim.

-  engraçadinha! – disse ele me dando um beijo na testa.